Porque conseguiu o SLB eliminar o Bayer Leverkusen? Claro que teve a sorte do jogo (não vale a pena esconder e prefiro isso às equipas que perdem e se queixam de "muito azar"), mas fundamental, fundamental mesmo foi ter jogadores que desequilibram, que são capazes, num dado momento do jogo, de fazer a diferença. Foi assim com o golo de Cardozo, de notável execução técnica, em Leverkusen, e foi também assim, ontem, com o golo de Ola John, que juntou convicção, frieza e qualidade técnica. Aliás, foi também a categoria individual de dois jogadores (Gareth Bale e Cristiano Ronaldo) que permitiu a Tottenham eliminar o OL e ao Real Madrid manter-se ainda na eliminatória.
Pois é, futebol tem destas coisas, um jogo colectivo onde é permitido as grandes individualidades possam acabar por resolver jogos. Ainda bem.
Nota: O FCP ganhou o seu jogo com o Málaga com um golo obtido em "fora de jogo". Tal foi unanimemente reconhecido. Ninguém, no meu grupo de amigos e conhecidos, muito menos aqui no "blog", me ouviu criticar o árbitro: o lance é de decisão muito difícil e, embora preferisse o FCP tivesse empatado ou perdido o jogo, compreendo e aceito o golo tenha sido validado. Ontem, na Luz, o árbitro anulou - bem - um golo ao Bayer Leverkusen, obtido também ele em "fora de jogo". Por sinal, um "fora de jogo" mais claro do que o de João Moutinho, embora também ele de difícil decisão. Mas, felizmente para o meu clube, o árbitro decidiu bem. Bastou-me ver o lance uma vez, já em casa (no estádio não dá para ver), para corroborar da decisão. Pois apesar disso o jornalista do DN encarregue da crónica do jogo acha que o árbitro errou. Fico-me por aqui...
7 comentários:
Tenho uma certa dificuldade em associar as palavras "DN" e "jornalista".
Assim como tenho dificuldade em qualificar os indivíduos que vão perguntar ao Pinto da Costa o que pensa do penálti a favor do Benfica, nitidamente a provocar a reacção pavloviana e incontrolável de largar uma bojarda que lhes permita fazer um título.
Assino por baixo.
E ganhou mesmo em contraindicação das prioridades do respectivo treinador como muito bem notou JC em anterior post, prioridades que ainda lograram ter réplica “ad nauseam” após a vitória.
Na verdade, ao invés das prioridades do treinador, o SLB é um clube com vocação europeia atestada pelas competições que ganhou ou pelas finais que logrou atingir.
Não compreender isto combina bem com a (ir)responsabilidade de ter falhado uma dessas finais e logo com o mesmo Sporting de Braga que recentemente derrotou fora.
Quanto mais longe chegar numa competição europeia maior a visibilidade do clube e jogadores e, correspondentemente, maior a valorização dos respectivos passes, possibilitando os valores que renderam, por exemple, Coentrão e Witsel, garantindo assim a sobrevivência financeira do clube.
Ruminar bovinamente num imperativo categórico "a priori", a coberto de alguma razão prática ou pura que mal se descortina, ao ajuizar que as competições europeias não são prioridade, antes assumindo a Naval o e o Paços como o "Graal" do clube em vez de, respetivamente, Liverpool, Bayer Leverkusen ou Bordéus, é caso inédito do mundo futebol, tal a ausência de qualquer fenómeno que se lhe possa assemelhar.
Que seria então dos clubes espanhóis ou ingleses obrigados a enfrentar trinta e oito jornadas, taças do país, da liga, do rei ou da rainha, do campeonato mundial de clubes e das selecções, etc. jogando quase ao ritmo de dois jogos por semana. “Tadinho” do JJ !
Tal ruminância, que nunca ocorre no início da época quando as bacantes habituais já cantam os gloriosos amanhãs europeus , é ainda susceptível de colocar pressão sobre os jogadores e até prejudicar o clube na medida em que se atesta a vulnerabilidade de uma má forma física geral perante o adversários , debilidade cuja resposta ainda vai obrigar à instalação uma tenda de oxigénio em pleno campo já que nem umas aspirinas da Bayer colhidas fresquinhas dos alemães conseguiram tal maleita mitigar.
Como se sentirá um pagador de bilhete ao assistir a uma greve de zêlo ou serviços mínimos perante os grandes clubes , visando reservar (?) forças para os pequenos, em que o desfecho já foi previamente tratado no balneário e, pasme-se, na praça pública, como algo negligenciável, um prodigioso incentivo de psicologia reversa que ainda vai dar brado nos manuais gestão de recursos humanos ?
Pelo ineditismo e absurdo, sou tentado a pensar que JJ apenas pretende fazer pressão ou chantagem sobre os dirigentes para que lhe renovam o contrato, antes de ser confrontado com o cada vez mais evidente falhanço no título nacional e o europeu, este por maioria de razão, pois esse assumido e místico desígnio do solstício de verão deixa pontualmente de ser desejado, aí por alturas do solstício de Inverno, quais aves de arribação que depois do cio se reservam a posturas domésticas .
Razões mais que suficientes para que a Direcção responda ao treinador com a mesma atitude que este tem perante os grandes títulos e oponentes europeus - “vade retro”. E não se preocupem se P. da C. o vier a aproveitar.Se for o caso, que faça bom proveito e se satisfaça com o nível da Naval ( um Rod Stewart luso sempre pode fazer "Sailing") ou do clube da capital do móvel, ( que não lhe falte a mobilidade ).
JR
Mas o DN não é aquele pasquim do Oliveira da Olivedesportos ?
É, caro anónimo das 14.58h.
Vamos lá ver, JR: o campeonato é, de facto, a prioridade e um treinador tem sempre de definir e assumir prioridades. Pode mesmo dizê-lo, mas o que não pode é afirmar que quem for eliminado mais cedo das competições europeias fica em vantagem no campeonato. Até considero tem a sua dose de verdade, embora não seja uma verdade absoluta, mas não pode ser afirmado em público.
Concordo que o Jesus não deveria ter dito aquilo. Nem apresentar-se na conferência de imprensa depois do jogo como se fosse para um funeral!
Mas partir daí para um razão para a não renovação é um exagero. O Jesus é a melhor opção para o Benfica e até posso concordar com aqueles que dizem que já devia ter renovado. Ele é um elemento chave na estratégia de captação e valorização de jogadores do Benfica e pôs o Benfica a jogar 10x aquilo que jogava com o Quique! Não me venham falar do investimento porque a equipa do Quique tinha entre outros: Aimar, Cardozo, Luisão, David Luis, Maxi Pereira, Di Maria, Katsouranis, ... E joga 100x mais que a equipa do Eng. Santos que tinha: Simão, Micolli, Nuno Gomes, Karogounis, Katsouranis, Simão, Petit, Luisão, ...
Há mais vida para além de JJ, Quique e Santos. Mal estaríamos se não houvesse. O lugar de JJ não pode ser vitalício. Até Mourinho não fica mais que três anos em cada clube. No SLB bastou alguns meses para o despedirem, talvez por incompetência.
Se dúvidas houvessem, ainda com a actual Direcção e com Trappatoni o SBL consegui ser campeão. A questão é que deve haver qualquer fenómeno inexplicável para que a estadia de treinadores com o gabarito Trappatoni e Mourinho seja tão abreviada para depois apenas restarem as alternativas acima referidas.
Se o SLB não consegue treinador melhor que alguém que, depois de eliminar o Bayer, vai à conferência com cara de funeral dando vazão à sua tese de que seria melhor para o título doméstico a morte do clube na UEFA, então devia pelo menos anular a parte divisa do brazão "E Pluribus ..." ficando só "Unum".
JR
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