quinta-feira, fevereiro 14, 2013

"Merseysound" e "Rhythm & Blues" (4)

Billy J. Kramer with The Dakotas - "Bad To Me" (Lennon-McCartney)

Quase me apeteceria dizer que dos principais nomes do "merseysound" Billy J. Kramer (with The Dakotas, e não "and", mas "isso são outros quinhentos" que para o caso não interessam muito) será talvez o menos conhecido aqui no rectângulo. E, no entanto, não só os seus "manager" e produtor eram Brian Epstein e George Martin, respectivamente, como gozaram do especial privilégio de terem John Lennon e Paul McCartney como "fornecedores" de alguns dos temas, não editados pelos Beatles, que fizeram o seu sucesso como intérprete. Para além disso, Billy J. Kramer with The Dakotas alcançaram algum sucesso no UK, tendo visto três nos seus temas, todos eles da autoria dos dois Beatles, alcançarem o "top ten". Este "Bad To Me" foi o melhor sucedido (#1 em 1963) e não disfarça a sua autoria, sendo as suas semelhanças com "Do You Want To Know A Secret" bem mais do que apenas evidentes. 

The Spencer Davis Group - "Gimme Some Lovin'" (Steve Winwood, Muff Winwood, Spencer Davis)

Como grupo com origens bem marcadas no Rhythm & Blues (originalmente chamava-se The Rhythm and Blues Quartett) e tendo como etiqueta a Island Records e como produtor Chris Blackwell, não admira os  primeiros sucessos do Spencer Davis Group tenham sido dois "covers" dos jamaicano Jackie Edwards, "Keep On Running" e "Somebody Help Me", que já tiveram lugar aqui no "blog" na rubrica "ab origine". "Gimme Some Lovin'" é um tema escrito pelos três fundadores de um grupo que nos legou alguns dos "riffs" mais memoráveis da história do "r&b" e do "rock & roll" e sempre teve como referência a voz e o orgão de Steve Winwood, mais tarde integrante dos Traffic e dos Blind Faith de Eric Clapton e um dos nomes incontornáveis da história da música popular. 

1 comentário:

Vic disse...

Nem sei como me escapou este.
Porque os Spencer são daqueles "conjuntos" (era assim ue se designavam então as bandas, não era?) inesquecíveis.
E é verdade, aqueles rifs ficam para sempre. Nunca mais me esqueci a loucura que foi no meu núcleo de amigos o lançamento de Keep on Running, e quando arranjámos o LP Autumn 66 se não estou em erro, o High Time Baby e a magnífica versão de I'm a man. Inesquecível mesmo. E voz inconfundível, claro. Estou até hoje para perceber como é que um miúdo de 16/17 anos tinha aquele vozeirão.

Abraço