Ora vamos lá ver, agora, depois de ter dormido sobre o assunto e com o conforto do FCP ter também empatado.
- É óbvio que não foi por Pedro Proença que o SLB não ganhou ao Nacional, mas fundamentalmente porque decidiu, no início da época e agora na abertura de Janeiro, não investir dois ou três milhões de euros em soluções credíveis para o lado esquerdo da defesa. Note-se que laterais que saibam fazer bem todo o corredor, atacando e defendendo com eficácia semelhante, capazes de recuperarem as suas posições rapidamente durante todo o jogo, são essenciais ao modelo de jogo do SLB/JJ. Exactamente por isso, um "pivot defensivo" mais posicional como Javi Garcia, que dobrava bem nas alas e pouco ou nada se preocupava com o processo ofensivo, excepto nas bolas paradas, era essencial para compensar esse adiantamento dos laterais. Matic é bem melhor jogador, mas é diferente. Também um central rápido como David Luiz complementava bem essas acções. Luisinho defende mal, principalmente posiciona-se muito mal nas transições defensivas, e isso ficou ontem bem evidente. Nos jogos em casa, contra equipas fracas, onde a margem de erro é maior, tal é menos evidente; mas quando a equipa contrária joga preferencialmente em contra-ataque pela alas, com jogadores rápidos e sabendo desdobrar-se muito bem, Luisinho mostra todas as suas limitações. O processo de aprendizagem de Melgarejo custou-nos dois pontos no jogo em casa com o SC Braga e o desastre Luisinho custou-nos ontem outros dois. No fundo, o meu clube mostrou falta de músculo financeiro para competir com o FCP, e assim não se ganham campeonatos.
- E vamos lá a Proença... Expulsar Matic é um erro demasiado grosseiro para um árbitro de elite que apitou a final da Champions League e do Europeu. Aliás, tal expulsão só se compreende pela continuada campanha, vinda dos lados do costume, contra o jogador sérvio, e que pelos vistos teve acolhimento preferencial no árbitro-assistente de Pedro Proença (já é sina...). Já quanto à expulsão de Cardozo (este não aprende a arrefecer o sangue, ou não tem quem tal lhe ensine) e segundo amarelo ao jogador do Nacional, tecnicamente a decisão é incontestável. Mas mesmo assim pergunto: num jogo da Premiership, com a metodologia utilizada pelos árbitros ingleses, teria sido necessário chegar a tal ponto? Reunir os dois jogadores e dar-lhes um pedagógico "puxão de orelhas" não teria sido suficiente, evitando as cenas que se lhe seguiram e o entornar do caldo quando o jogo estava para acabar? Um árbitro é também um gestor do jogo e com a sua decisão nesse lance Pedro Proença comportou-se como um qualquer árbitro medíocre, sem categoria, de província. Espero tenha assinado ontem a sua sentença definitiva como árbitro de jogos em que o SLB intervenha. Já chega.
4 comentários:
As limitaçōes acabam sempre por vir ao de cima. Quanto ao árbitro, e independentemente das campanhas de autoglorificação saloias da imprensa desportiva, uma aflitiva falta de nível. Independentemente de momentos ocasionalmente mais bem sucedidos, um medíocre é sempre um medíocre. É o que temos...
O pior é que tem sido sempre contra nós...
Demasiado para ser só coincidência. E a incompretência não explica tudo
Pois... Sou levado a concordar.
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