Ora vamos lá deixar de ser politicamente correctos e concluir que Pedro Passos Coelho tem razão (calma, não tirem conclusões precipitadas...) quanto às soluções que preconiza para o desemprego dos professores: na ausência de oportunidades em outras áreas empresariais, emigrar talvez seja mesmo melhor do que ficar no desemprego e sempre aligeira o orçamento de Estado. Pois... só que o mundo, a História e a política estão pejados de cadáveres cheios de razão, e, além do mais, Passos Coelho não é um comentador político, um jornalista, um politólogo, muito menos um "blogger" do "Blasfémias" embora por vezes pareça sê-lo ou puxar-lhe para tal coisa o pé. Pedro Passos Coelho é o primeiro-ministro deste país, eleito democraticamente e a cujos cidadãos deve responder pelos seus actos e os do seu governo, e incitar os portugueses à emigração é uma ofensa que nem Salazar ousou; um erro político de enorme gravidade que num país, digamos, um pouco mais civilizado só poderia levar o primeiro-ministro à demissão. Por muito menos do que isso, por uma anedota sem graça e a despropósito ou por um par de corninhos dedicado a um deputado, já ministros deixaram nesses momentos de o ser. Duas brincadeiras de criança, quando comparadas com esta afirmação do primeiro-ministro de Portugal. Por isso, para não engrossar os números do desemprego e não prejudicar os objectivos orçamentais, que tal também emigrar, senhor primeiro-ministro?
Nota: Já agora: que têm a Fenprof e o ubíquo sindicalista Nogueira a dizer a isto? E o ministro Crato?
2 comentários:
Caro JC
Estamos a ser (des)governados por uma cambada de garotos (os mesmos a quem muitas empresas dão poder para poderem estoirar com tudo).
Apenas acrescento que o "senhor" primeiro ministro devia emigrar mas com uma mão atrás e outra à frente...qual Linda de Suza com mala de cartão.
Segundo acabei de ler o sindicalista da Fenprof fez uma recomendação semelhante à sua: O primeiro ministro é que deve emigrar. Crato deve andar demasiado ocupado a estudar alguma fórmula matemática que justifique tanto disparate.
Cumprimentos
Pois, mas não vejo a FENPROF tão assanhada como quando das avaliações e dos protestos anti-Sócrates
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