Peço muita desculpa, mas não pertenço ao clube daqueles saudosos do futebol romântico que consideram a selecção brasileira de 82, de Sócrates, Zico, Falcão, Cerezo e companhia, a melhor selecção de todos os tempos. Para mim foi, isso sim, o toque a finados do futebol-samba, o mesmo que afastou o Brasil durante duas décadas dos títulos mundiais. Foi a derrota desse Brasil habilidoso, mas indisciplinado e lento, quase amador, que deu origem ao futebol tal como o conhecemos hoje: técnico, mas também rápido, acutilante, colectivo, físico e atlético e onde a metodologia de treino e a boa preparação dos atletas joga um papel fundamental. Foi aí que a "rua", o futebol do pé-descalço, começou a ceder o seu lugar ao futebol-escola. Digamos que sem essa derrota não haveria hoje Cristiano Ronaldo. Obrigado, Paolo Rossi.
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