A Teresa, de "A Gota de RanTanPlan", é que é useira e vezeira na caça aos erros de tradução. Eu, cá por mim, não direi sou menos atento a essas coisas, mas, depois de os notar, logo os esqueço. Mas acontece que a persistente gripe que me assaltou teve como consequência que no passado sábado pouco ou nada mais me restasse do que "vidrar" na televisão (ler e "teclar" faziam-me dores de cabeça ao fim de um par de horas). E pronto: lá dei por mim a rever "A Batalha do Rio da Prata", um clássico de Michael Powell e Emeric Pressburger, na RTP Memória. E lá deu também para apanhar um daqueles erros flagrantes, neste caso (o filme descreve a batalha naval da WWII com o mesmo nome e o afundamento do couraçado alemão Graf Spee) alguém ter decidido traduzir "carrier" (o termo exacto é "aircraft carrier" mas usa-se normalmente a abreviatura), que em português significa "porta aviões", por "transportador". Pasmei, até porque não só o termo é relativamente comum, como se mencionava especificamente o "Ark Royal", um navio ("porta-aviões") emblemático da esquadra britânica que acabou afundado dois anos depois no Atlântico por um U-Boat. Mais estranho ainda, pois o termo "batlleship", várias vezes mencionado no filme, é bem traduzido para "couraçado". Pois... chego à conclusão isto das traduções tem dias, ou melhor, maus momentos que não escolhem dia nem hora.
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