quinta-feira, setembro 20, 2007

Mendes, Menezes, eu e o futuro da "pátria"

Confesso que não acho irrelevante qual o vencedor das eleições no PSD. E já que estou em maré de confissões, estado de espírito a que o meu agnosticismo não é nada dado, confesso também que o populismo de Luís Filipe Menezes me assusta um pouco, sendo eu pouco dado (outra confissão) a manifestações que mais me habituei e associar, historicamente, a regiões geográficas às quais não sou particularmente afecto. Não é que considere que com a vitória de Menezes a “pátria esteja em perigo”, coisa que não me preocuparia de sobremaneira. Mas está a inteligência dos portugueses, o ar que se respira e aquilo que eu, à falta de melhor definição, designaria abreviadamente por “civilização” coisa que bem mais me preocupa a mim, “sulista, elitista e liberal qb”.

O problema maior é que, sendo eu um cidadão que me interesso suficientemente por estas coisas da política e do governo da nação – embora não militante de qualquer partido -, e não considerando indiferente a vitória de qualquer um dos candidatos, dei por mim, no dia e hora do debate (???), a preferir “ir vendo” um filme, pouco menos do que irrelevante, sobre a WWII, na RTP Memória (“A Noite Dos Generais”), em vez de ouvir atentamente os cidadãos Menezes e Mendes preocupados com o futuro da pátria. Confesso que a questão me angustiou, pois poderia ter trocado os M&M por um jogo do meu “glorioso”, uma exibição de garra dos “Lobos”, uns "gritinhos da Sharapova ou um filme interessante e uma das minhas séries da BBC favoritas. Nada disso: limitei-me a assistir displicentemente a um filme medíocre. Talvez fosse por isso, por pouco me interessar o futuro da pátria. Pelo menos prefiro pensar assim, em vez de concluir que, pura e simplesmente, M&M, se calhar, não passam de uns grandes e desinteressantes “chatos” e o futuro da pátria (ou lá o que quer que seja) não passa definitivamente por eles.

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