Pronto, confesso. Apesar de não ter Diana Spencer em grande conta, conforme se pode depreender pelo post anterior, também nem sempre fiquei indiferente ao propagandeado glamour e charme, cada vez menos discreto, da tão mediática personagem. Fiquei horas na rua à espera que passasse, agitando bandeirinha, e, eventualmente, me cumprimentasse, ao que eu responderia com um ligeiro baixar de cabeça? Claro que não, nem, não podendo chegar-lhe à fala, pude sequer convidá-la para um chá no meu favorito Basil Hotel, ali mesmo junto ao Harrods do Sr. Al Fayed, pai da sua última conquista (ou vítima, como quiserem). Que fiz eu então, de tão evidentemente pecaminoso, rendido ao apelo irresistível da irmã do Visconde de Althorp? Bom, confesso que depois de algumas tentativas frustradas, já que era preciso marcar com algum mês de antecedência (ou mais, estávamos em plena época de Dianomania, aí pelos idos de 90 ou 91) resolvi ir jantar ao então célebre San Lorenzo, em Beauchamp Place, seu restaurante favorito e onde, ao que consta e consta com verdade, várias vezes a então ainda mulher do futuro rei de Inglaterra poderia ser avistada. Pior do que isso, apesar de nunca com ela me ter cruzado (se calhar por isso mesmo, com esperança isso alguma vez acontecesse), estive em vias de me tornar adicto e reincidi, jantando lá, que me lembre, pelo menos duas vezes. A “coisa” até dava jeito e havia uma boa desculpa: era walking distance do meu hotel habitual, quase em pleno South Kensington - muito Sloan Ranger, portanto - e a rua, onde em devido tempo chegou a existir um restaurante português (onde, apesar de fugir deles a “sete pés” quando fora aqui do rectangulo”, já tinha sido levado pela arreata uma vez), é uma pequena rua “chique” e simpática, lojas trendy quanto baste.
Bem, devo dizer, em abono da verdade, que o San Lorenzo não me deixou especiais memórias; bom, quanto baste, e nada mais. Como diria o José Quitério, “do comido e do provado” (e do bebido, acrescento), retenho apenas uma ideia vaga de umas alcachofras sem história, de uma vez, e de um “Beaujolais noveau”, acho que de outra vez, já que com os vinhos era bem preciso ter cuidado e qualquer "1er Cru" bordalês, em semelhante enquadramento, seria bem capaz de me levar à ruína. Nada de transcendente, portanto, nem de memórias gastronómicas exaltantes, o que não abonaria muito dos gostos de Lady Diana Spencer que não necessitariam desta prova suprema para tal comprovação. E a conta, claro, a conta, perguntarão, terá ela ficado na memória, dado o local escolhido e a “sobretaxa” Diana? Olhem que não, olhem que não!... Carote, claro, um pouco para o puxavante, mas nada de me arrepiar a espinha ou fazer soltar um “ui!” acompanhado de um esgar doloroso - sabendo antecipadamente onde ia, onde estava e ao que ia, sem dúvida. Digamos que antes e depois de tal acontecimento, passei algumas vezes por situações bem mais delicadas e a requererem outro tipo de expertise.
E como todas as histórias de princesas e fadas (?) têm sempre uma moral, mesmo que amoral, qual a conclusão a tirar? Bom, tenho aqui uma boa oportunidade para, quando lá entre o céu e o inferno me reencontrar com Diana Spencer já sem os entraves do protocolo e das diferentes contas bancárias, iniciar uma daquelas vulgares conversas de engate, que, por sinal, não fazem mesmo nada o meu género, do tipo: “sabe, fui lá jantar ao “seu” restaurante umas duas vezes e, deixe-me que lhe diga, não achei nada de especial”. É que no céu até as mais vulgares conversas de engate devem ter a sua desculpa, e no inferno por certo ficam sem punição! Et voilá!
Bem, devo dizer, em abono da verdade, que o San Lorenzo não me deixou especiais memórias; bom, quanto baste, e nada mais. Como diria o José Quitério, “do comido e do provado” (e do bebido, acrescento), retenho apenas uma ideia vaga de umas alcachofras sem história, de uma vez, e de um “Beaujolais noveau”, acho que de outra vez, já que com os vinhos era bem preciso ter cuidado e qualquer "1er Cru" bordalês, em semelhante enquadramento, seria bem capaz de me levar à ruína. Nada de transcendente, portanto, nem de memórias gastronómicas exaltantes, o que não abonaria muito dos gostos de Lady Diana Spencer que não necessitariam desta prova suprema para tal comprovação. E a conta, claro, a conta, perguntarão, terá ela ficado na memória, dado o local escolhido e a “sobretaxa” Diana? Olhem que não, olhem que não!... Carote, claro, um pouco para o puxavante, mas nada de me arrepiar a espinha ou fazer soltar um “ui!” acompanhado de um esgar doloroso - sabendo antecipadamente onde ia, onde estava e ao que ia, sem dúvida. Digamos que antes e depois de tal acontecimento, passei algumas vezes por situações bem mais delicadas e a requererem outro tipo de expertise.
E como todas as histórias de princesas e fadas (?) têm sempre uma moral, mesmo que amoral, qual a conclusão a tirar? Bom, tenho aqui uma boa oportunidade para, quando lá entre o céu e o inferno me reencontrar com Diana Spencer já sem os entraves do protocolo e das diferentes contas bancárias, iniciar uma daquelas vulgares conversas de engate, que, por sinal, não fazem mesmo nada o meu género, do tipo: “sabe, fui lá jantar ao “seu” restaurante umas duas vezes e, deixe-me que lhe diga, não achei nada de especial”. É que no céu até as mais vulgares conversas de engate devem ter a sua desculpa, e no inferno por certo ficam sem punição! Et voilá!
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