O que fundamentalmente importa - repito: fundamentalmente - não é se Portugal sai do actual programa de assistência "à irlandesa" ou através de um programa cautelar, já que o segundo resgate me parece opção demasiado longínqua. O que verdadeiramente importa são não só as reais condições de acesso da República ao financiamento nos mercados, como a herança deixada pelo actual programa em termos de competitividade do país, igualdade/desigualdade, emprego/desemprego, grau de preparação dos seus recursos humanos, estabilidade política e social, capacidade das suas empresas e, o que é menos tangível, o ambiente geral de confiança/desconfiança entre gerações, grupos profissionais, classes sociais, na democracia e nas instituições da República, coesão social, etc, etc. No fundo, a maior ou menor capacidade do país para enfrentar o futuro, se aproximar das nações mais civilizadas e proporcionar aos seus cidadãos melhores níveis de bem-estar e progresso. Este é o verdadeiro problema e deveria ser nele que António José Seguro e o PS deveriam pôr o acento tónico.
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