Pior, muito pior do que a anunciada pelo "Expresso" concordância de Passos Coelho com o processo que levou à aprovação pela Assembleia da República do referendo sobre a co-adopção e adopção de crianças por casais do mesmo sexo, o que, a ter acontecido, sempre demonstraria alguma ideia política e sentido de liderança - pese embora no mau sentido -, foi a anunciada por ele mesmo também no mesmo semanário de que não teria existido qualquer sua interferência no processo, demitindo-se da sua condição de presidente da PSD e de primeiro-ministro numa matéria que sabia à partida ser sensível e controversa, iria dividir o seu partido, desprestigiar o parlamento, pôr em causa direitos de minorias e o conforto de muitas crianças e que, por último, se arriscava ainda a enfrentar mais um "chumbo" pelo Tribunal Constitucional e o veto do Presidente da República. No primeiro caso estaríamos apenas perante um mau líder partidário, um primeiro-ministro incompetente e pouco ou nada respeitador da democracia representativa. No segundo, perante - e desculpem-me a expressão - apenas um pateta.
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