Se me perguntassem , dos actuais políticos mais em evidência, quais os que gostaria de conhecer mais de perto e até com eles privar um pouco, certamente citaria espontaneamente - top of mind, mesmo - Manuel Alegre e Jerónimo de Sousa, dois nos quais nunca votaria... Manuel Alegre tem e cultiva qualquer coisa de Hemingway, das mulheres, dos touros e das caçadas – da aventura romântica também - embora com menos mundo e menos excessos. Por isso parece hoje tão fora do seu tempo, mas também, por via disso, deve ser excelente companhia para jantar e conversa sobre as coisas do mundo e da vida, talvez à volta de umas perdizes estufadas e de um daqueles vinhos do Sr. Santos do Buçaco, tão perto da sua Águeda onde nasceu.
Já Jerónimo será um contador de histórias; das histórias do seu mundo que só conhecíamos pelo Soeiro e pelo Redol de uns vinte ou trinta anos antes. Aqui no meu bairro, tão interclassista, seria o vizinho de um “meio mais modesto”, honesto e frontal, no qual se podia confiar e a quem deixaríamos a chave de casa em caso de necessidade. Também com quem discutiríamos a “bola” nas manhãs de sábado, ao balcão do café comentando as “gordas” do “Expresso”, e a quem, de tempos a tempos, convidaríamos para uns caracóis e umas cervejas ao fim da tarde , antes de uma ida à “Catedral”.
Talvez seja isso mesmo que faz o seu sucesso eleitoral...
Já Jerónimo será um contador de histórias; das histórias do seu mundo que só conhecíamos pelo Soeiro e pelo Redol de uns vinte ou trinta anos antes. Aqui no meu bairro, tão interclassista, seria o vizinho de um “meio mais modesto”, honesto e frontal, no qual se podia confiar e a quem deixaríamos a chave de casa em caso de necessidade. Também com quem discutiríamos a “bola” nas manhãs de sábado, ao balcão do café comentando as “gordas” do “Expresso”, e a quem, de tempos a tempos, convidaríamos para uns caracóis e umas cervejas ao fim da tarde , antes de uma ida à “Catedral”.
Talvez seja isso mesmo que faz o seu sucesso eleitoral...
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