Como eu dizia em post anterior referindo-me a Hermínio Loureiro, “ele” há apelidos que são verdadeiros anátemas”, e o apelido Santana teima em não deixar de nos divertir, desde os tempos em que Santanas eram só Vascos até àquele em que já eram Pedros, entertainer de serviço nos congressos do PSD fazendo com que estes se tornassem verdadeiros eventos mediáticos e definindo padrões para o que deveria ser um congresso partidário “bem curtido”. E, de facto, assim foi durante os anos a fio em que os congressos deste partido valiam bem alguns minutos em frente da televisão ou do aparelho de telefonia, como se dizia no tempo em que os Santanas eram mesmo só os Vascos.
Tudo isto vem a propósito da entrevista dada por Santana (Lopes, o contemporâneo) à “Única” e em que declara que “adorava (é o termo que usa, o que não se estranha) liderar a oposição ao governo de Sócrates”. À primeira leitura a tentação é rir; é a fase da comédia, não percebendo que depois de ter sido primeiro-ministro (!!!) os papéis de entertainer são forçosamente coisa do passado e outras representações bem mais dramáticas teriam de se seguir para nos tentar convencer, vencendo a nossa memória. De seguida, vem a tragédia, quando nos interrogamos, remexemos na nossa memória curta e nos lembramos do tempo em que ousaram dar-lhe esse papel, qual erro de casting e primeiro responsável pelo flop do filme. Depois... bem, depois acabamos por lhe desculpar (que foi o que todos sempre lhe fizemos, sem resistir muito, perante tamanha dose de naiveté)... É que o homem não cresceu, ficou mesmo assim, criança para sempre, e bem sabemos que há em nós algo que permanentemente nos impele para a infância, para o útero materno do qual nunca gostaríamos de ter saído... E talvez seja por isso que o entrevistam, lhe dão um sempre tão caro tempo mediático, por ele preencher assim, tão bem, esse espaço do nosso imaginário e por isso ter audiência garantida, que isto jornais e rádios não brincam em serviço, servem para ganhar dinheiro e a isso têm todo o direito, pois claro.
Bom, perante isto só tenho pena de uma coisa. É que já vi e ouvi invectivar Jorge Sampaio por o ter nomeado e o ter demitido, o próprio Santana Lopes por, enquanto primeiro-ministro, ter sido igual a si próprio, os media e os “barões” do partido por o terem “torpedeado”, Durão Barroso por ter feito pela “vidinha”, mas pouco ou nada tenho visto e ouvido sobre o facto de um congresso do partido o ter eleito vice-presidente... Será que não lhes terá ocorrido que um vice-presidente de “qualquer coisa” pode sempre passar a presidente dessa mesma coisa por impedimento do outro? Não? Não, mesmo? Pois devia, e que essa lacuna de pensamento sirva de lição para o futuro, é a moral da história que aqui também existe, tal qual como nas histórias de encantar e... nos contos infantis.
Tudo isto vem a propósito da entrevista dada por Santana (Lopes, o contemporâneo) à “Única” e em que declara que “adorava (é o termo que usa, o que não se estranha) liderar a oposição ao governo de Sócrates”. À primeira leitura a tentação é rir; é a fase da comédia, não percebendo que depois de ter sido primeiro-ministro (!!!) os papéis de entertainer são forçosamente coisa do passado e outras representações bem mais dramáticas teriam de se seguir para nos tentar convencer, vencendo a nossa memória. De seguida, vem a tragédia, quando nos interrogamos, remexemos na nossa memória curta e nos lembramos do tempo em que ousaram dar-lhe esse papel, qual erro de casting e primeiro responsável pelo flop do filme. Depois... bem, depois acabamos por lhe desculpar (que foi o que todos sempre lhe fizemos, sem resistir muito, perante tamanha dose de naiveté)... É que o homem não cresceu, ficou mesmo assim, criança para sempre, e bem sabemos que há em nós algo que permanentemente nos impele para a infância, para o útero materno do qual nunca gostaríamos de ter saído... E talvez seja por isso que o entrevistam, lhe dão um sempre tão caro tempo mediático, por ele preencher assim, tão bem, esse espaço do nosso imaginário e por isso ter audiência garantida, que isto jornais e rádios não brincam em serviço, servem para ganhar dinheiro e a isso têm todo o direito, pois claro.
Bom, perante isto só tenho pena de uma coisa. É que já vi e ouvi invectivar Jorge Sampaio por o ter nomeado e o ter demitido, o próprio Santana Lopes por, enquanto primeiro-ministro, ter sido igual a si próprio, os media e os “barões” do partido por o terem “torpedeado”, Durão Barroso por ter feito pela “vidinha”, mas pouco ou nada tenho visto e ouvido sobre o facto de um congresso do partido o ter eleito vice-presidente... Será que não lhes terá ocorrido que um vice-presidente de “qualquer coisa” pode sempre passar a presidente dessa mesma coisa por impedimento do outro? Não? Não, mesmo? Pois devia, e que essa lacuna de pensamento sirva de lição para o futuro, é a moral da história que aqui também existe, tal qual como nas histórias de encantar e... nos contos infantis.
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