Não, meu caro José Medeiros Ferreira, não se trata “de um governo da esquerda moderna deixar como obra o desmantelamento do movimento sindical”, mas sim deixar como legado um Estado e um sistema de ensino público mais modernos e eficientes, logo, mais aptos a enfrentarem os desafios do mundo actual. Mais justos, também. Não me parece, contudo, que isso seja possível sem enfrentar e derrotar claramente estes sindicatos, obrigando-os, por sua vez, a tornarem-se, também eles, mais modernos e mais aptos a desempenharem cabalmente as suas funções. Isso sim, seria também um legado desejável de um governo da esquerda moderna. Para o caso de existirem dúvidas, a entrevista de António Chora (Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa) à “Pública” de um dos últimos domingos, aqui citada em “post” anterior, e os sucessos obtidos na empresa provam que um sindicalismo “diferente” é possível de ser bem sucedido em Portugal.
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