UK e os "Shadows"
Tenho algum pudor em incluir os “Shadows” no rock instrumental, puro e duro, melhor me parecendo já mais perto daquilo que se convencionou chamar de pop/rock. Mas o facto é que não só se iniciam como backing group de Cliff Richard, na sua fase de Elvis Presley britânico, como, à semelhança de outros rockers da mesma origem, partem do skiffle e do rock & roll (ou de lá perto) para se integrarem, pouco a pouco, na música ligeira. Mas pronto, isto acabaria por cair numa daquelas discussões, um pouco ortodoxas, sobre quem é o verdadeiro liberal - bactereologicamente puro e incontaminado, entenda-se - e como é que ele se distingue entre todos os outros, os menos puros, reflexo contemporâneo das discussões sobre a “linha justa” e o verdadeiro partido comunista de há uns trinta e tal anos. Ita missa est!
Pois os “Shadows” iniciais e da sua fase mais interessante (Hank Marvin e o seu amigo Bruce Welsh + Jet Harris e Tony Meehan, depois de Ian Samwell, Terry Smart e Ken Payne terem por lá passado, episodicamente, antes da fama) começaram por se chamar "Drifters" e mudaram de nome por causa do grupo vocal americano homónimo, o de Clyde McPhatter. Convém também dizer que em Portugal deram origem a uma enorme “shadowmania”, tal era o número de grupos (na altura dizia-se "conjuntos") formados e desfeitos à sua semelhança, para tocarem nas festas de liceu, com amplificadores que por vezes pouco mais eram do que telefonias melhor, pior ou mesmo nada adaptadas. E quanto às Fender... ainda pior um pouco!
Bom, mas continuemos com os “Shadows”, os autênticos, cujo primeiro single (vocal), ainda sob o nome “Drifters”, se chamava “Feelin’ Fine” e tinha como “b” side “Don’t Be A Fool With Love”. Quase não se deu por ele e foi aí que começaram os problemas legais com o grupo norte-americano! De seguida, veio novo single (“Jet Black”/”Driftin”), este já instrumental e incluído também no primeiro album de Cliff Richard, “Cliff Sings”. Depois do terceiro single não sucedido, o vocal “Saturday Dance”/”Lonesome Fella” (o primeiro sob a nova designação “The Shadows”), o êxito veio finalmente, já em 1960, com o “Apache” de Jerry Lordon, êxito mundial e #1 no hit parade do Reino Unido durante seis semanas. Curiosamente, nos Estados Unidos a versão que mais vendeu foi a do guitarrista dinamarquês Jorgen Ingmann, ao que dizem as más línguas devido a problemas promocionais. Pois é “Apache” que hoje fica por aqui, mas os “Shadows” terão, claro, ainda direito a outras histórias e a mais música. Quanto aos "vocais" do grupo, lamento: só os tenho em vinyl num album chamado "The Shadows Vocals" comprado por acaso numa loja de Viena já lá vão uns quinze anitos...
Pois os “Shadows” iniciais e da sua fase mais interessante (Hank Marvin e o seu amigo Bruce Welsh + Jet Harris e Tony Meehan, depois de Ian Samwell, Terry Smart e Ken Payne terem por lá passado, episodicamente, antes da fama) começaram por se chamar "Drifters" e mudaram de nome por causa do grupo vocal americano homónimo, o de Clyde McPhatter. Convém também dizer que em Portugal deram origem a uma enorme “shadowmania”, tal era o número de grupos (na altura dizia-se "conjuntos") formados e desfeitos à sua semelhança, para tocarem nas festas de liceu, com amplificadores que por vezes pouco mais eram do que telefonias melhor, pior ou mesmo nada adaptadas. E quanto às Fender... ainda pior um pouco!
Bom, mas continuemos com os “Shadows”, os autênticos, cujo primeiro single (vocal), ainda sob o nome “Drifters”, se chamava “Feelin’ Fine” e tinha como “b” side “Don’t Be A Fool With Love”. Quase não se deu por ele e foi aí que começaram os problemas legais com o grupo norte-americano! De seguida, veio novo single (“Jet Black”/”Driftin”), este já instrumental e incluído também no primeiro album de Cliff Richard, “Cliff Sings”. Depois do terceiro single não sucedido, o vocal “Saturday Dance”/”Lonesome Fella” (o primeiro sob a nova designação “The Shadows”), o êxito veio finalmente, já em 1960, com o “Apache” de Jerry Lordon, êxito mundial e #1 no hit parade do Reino Unido durante seis semanas. Curiosamente, nos Estados Unidos a versão que mais vendeu foi a do guitarrista dinamarquês Jorgen Ingmann, ao que dizem as más línguas devido a problemas promocionais. Pois é “Apache” que hoje fica por aqui, mas os “Shadows” terão, claro, ainda direito a outras histórias e a mais música. Quanto aos "vocais" do grupo, lamento: só os tenho em vinyl num album chamado "The Shadows Vocals" comprado por acaso numa loja de Viena já lá vão uns quinze anitos...
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