Maria de Lurdes Rodrigues “asneirou”. Com esta história de os professores não estarem sujeitos a serem colocados no quadro de supranumerários, e como bem disse Vital Moreira, está criar um novo regime de excepção sem que nada o justifique. E bem sabemos como basta uma excepção...
Mas vejamos um pouco mais fundo. Não me custa aceitar ver um professor com "horário zero" a tratar eficazmente da gestão da biblioteca. Basta saber ler e escrever – e presumo eles saibam – ter um cérebro mediano e ser razoavelmente expedito com um computador (o que nem sempre será verdade, mas enfim). Já me parece bem mais complicado ver um professor, mesmo com uma licenciatura em engenharia, a superintender eficazmente a gestão de edifícios, um licenciado em direito a prestar apoio jurídico e por aí fora. São lugares que requerem experiência e conhecimentos técnicos que vão algo para além da respectiva licenciatura (às vezes, sabe-se lá por que Universidade) e que serão certamente bem melhor preenchidos por técnicos competentes ou por empresas em regime de outsourcing. Acresce que uma parte significativa dos professores com "horário zero" não serão os mais diligentes, assíduos e empenhados. Receio, por isso, que se esteja a complicar e a arranjar problemas em vez de os resolver. Poupar dinheiro não justifica tudo (se é que se poupa) e o objectivo é (ou deveria ser), não o esqueçamos, a melhoria da qualidade do ensino e das qualificações de quem o frequenta.
Mas vejamos um pouco mais fundo. Não me custa aceitar ver um professor com "horário zero" a tratar eficazmente da gestão da biblioteca. Basta saber ler e escrever – e presumo eles saibam – ter um cérebro mediano e ser razoavelmente expedito com um computador (o que nem sempre será verdade, mas enfim). Já me parece bem mais complicado ver um professor, mesmo com uma licenciatura em engenharia, a superintender eficazmente a gestão de edifícios, um licenciado em direito a prestar apoio jurídico e por aí fora. São lugares que requerem experiência e conhecimentos técnicos que vão algo para além da respectiva licenciatura (às vezes, sabe-se lá por que Universidade) e que serão certamente bem melhor preenchidos por técnicos competentes ou por empresas em regime de outsourcing. Acresce que uma parte significativa dos professores com "horário zero" não serão os mais diligentes, assíduos e empenhados. Receio, por isso, que se esteja a complicar e a arranjar problemas em vez de os resolver. Poupar dinheiro não justifica tudo (se é que se poupa) e o objectivo é (ou deveria ser), não o esqueçamos, a melhoria da qualidade do ensino e das qualificações de quem o frequenta.
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