A questão é bem interessante e não consigo ter uma posição fechada sobre o assunto. Como defensor de um regime parlamentar puro - que sou -, sem Presidente da República eleito por sufrágio directo e universal e com redução dos seus poderes (como em Itália, Alemanha, Grécia ou nas monarquias constitucionais), tendo a simpatizar mais com a ideia do PR indigitar Pedro Passos Coelho e este submeter-se à decisão soberana da Assembleia da República. Mas e se Passos Coelho declarar à partida que não tem condições para fazer passar o seu governo no parlamento e António Costa lhe apresentar uma alternativa sólida? Digamos que em termos genéricos, não vejo como os defensores do actual regime semi-presidencialista e do estilo de presidência de Cavaco Silva, maioritariamente situados à direita, pudessem negar ao PR essa prerrogativa. Enfim... alguma coerência, se fazem favor.
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