Aquilo a que o país tem estado a assistir nas duas últimas semanas é uma verdadeira lição (melhor diria, um curso acelerado completo) de como funciona uma democracia liberal, da importância decisiva do parlamento, de como se negoceia um governo e se podem ou não estabelecer compromissos. De como se elege de facto um governo e de como funcionam os mecanismos de um Estado Democrático Parlamentar, enfim. Também da prova de que numa democracia madura, que, à semelhança do que acontece na esmagadora maioria das mais antigas democracias europeias, tenha o seu centro de poder no parlamento, a "tutela" de um qualquer orgão de poder pessoal, eleito por sufrágio directo e universal (Presidente da República), se revela desnecessário, inútil ou até fonte de disfuncionalidades e constrangimentos que podem mesmo afectar o "normal funcionamento das instituições".
Que uma maioria dos portugueses saiba aproveitar esta oportunidade é coisa da qual já tenho algumas dúvidas.
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