Uma eventual renegociação das dívidas (e não falo delas em separado) dos países europeus é um assunto controverso, melindroso, que exige uma visão global e sensatez no modo como é encarado e analisado. Mais ainda quando existem ténues sinais do "mainstream" político europeu parecer estar a perder o seu "momentum". Dizer o contrário e optar pelo discurso típico do Bloco de Esquerda é aventureirismo político, só possível de ser assumido por quem não tem nem quer vir a ter responsabilidades governativas.
Mas fazer afirmações deste tipo, mais a mais no tom irado em que foram proferidas, tal como aconteceu hoje no Parlamento com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, é passar do simples e já de si perigoso radicalismo ao mais puro e duro fanatismo extremista, uma espécie de jihadismo financeiro e "fuga para a frente" que parecem ter tomado conta deste governo nas últimas semanas. Afirmações tão graves como esta de Passos Coelho deveriam merecer do PS uma reacção imediata. Infelizmente, o Partido Socialista parece como que anestesiado.
2 comentários:
Quando se olha para o PS e se vê o seu (deles) lider de bancada a fazer intervenções (reduzidas a perguntas)olhando para um papel (cábula) dando a imagem de que não "está ali", apenas papagueia o que (lhe) escreveram no papel...mete dó.
Estes radicais (encabeçados por um Coelho) são o que são, mas no PS, onde para além das culpas no cartório graves, que nos levaram a 3 resgates, não se vislumbra ponta de ideias, consistência ou credibilidade.
Como diriam nuestros hermanos, sim Podemos quando não bem nos F...
Cumprimentos
Concordo consigo num ponto: as prestações de Ferro Rodrigues (foi meu colega de faculdade) são de um pobreza confrangedora, para além da completa ausência de carisma do mesmo. Mas pelo menos fora da AR o PS já deveria ter reagido de forma oficial e veemente a estas afirmações. É incompreensível e desolador não o ter feito.
Enviar um comentário