Hoje, do "Fórum TSF", ao "dar a deixa" para o comentário de Davis Dinis (a TSF está transformada numa quase sucessora do "Diário da Manhã", com Paulo Baldaia no lugar de Barradas de Oliveira e David Dinis no de João Coito), Manuel Acácio interrogava Dinis sobre se Cavaco Silva, no seu discurso de ontem, não teria assumido o lugar dos habituais participantes no "Fórum". Nada mais certeiro: no seu discurso do 5 de Outubro, o actual Presidente da República, cuja principal preocupação é e tem sido sempre o seu futuro político, a sua imagem e os seus índices de popularidade, tentou cavalgar a "crista da onda" do discurso populista, qual Marinho e Pinto em versão "soft core" em função do lugar institucional que ocupa. De caminho, avisou que não dará posse a um governo minoritário, presumivelmente do PS, saído de futuras eleições, o que, sendo correcto, vem demasiado tarde - já não o deveria ter feito quando do segundo governo de José Sócrates - e, por isso, apenas tem como objectivo, e mais uma vez, "limpar" um pouco a sua já muito desgastada imagem. Tudo isto, claro, embrulhado no habitual "celofane com laçarote" dos inúteis apelos, em período pré-eleitoral, a um consenso cujo conteúdo nunca expressa.
Que consiga acabar o seu mandato com a dignidade com que nunca o cumpriu, são os meus sinceros votos.
Sem comentários:
Enviar um comentário