Se, como aqui afirmei, numa democracia representativa consolidada não faz qualquer sentido os militares de Abril, através de um qualquer seu representante, usarem da palavra na Assembleia da República, mesmo que em qualquer sessão comemorativa, também me parece que as respostas desabridas de Assunção Esteves (a segunda figura do Estado, convém lembrar) e dos dirigentes do PSD excedem tudo aquilo que o bom-senso e razoabilidade política, para já não falar na boa educação e no sentido de representação do Estado, deveriam ditar. Pior ainda, denotam desrespeito por uma data essencial na História do país e fundadora do Portugal moderno, mas também por todos aqueles que a tornaram possível. Digamos que se uns (os militares) acenderam o rastilho os outros (os dirigentes do Estado e do PSD) não deixaram de aproveitar a oportunidade para atear o fogo. Decididamente, o PSD parece transformado num grupelho radical e provocatório, ao mau estilo - já que falamos do 25 de Abril - de um qualquer pequeno partido maoísta como o MRPP ou a AOC do "camarada Vilar". Ou será, a avaliar pela leitura de alguns "blogs" afectos ao governo, que a referência estará mais no "Tea Party"?
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