Uma coisa espero todos - mas todos, banqueiros e restantes cidadãos - tenhamos aprendido nestes últimos anos: para defesa também de todos, banqueiro não é para se deixar fotografar para revistas "cor de rosa", tornar-se vedeta mediática, "mandar" soundbites e "dicas" públicas sobre a vida política, ser visto à entrada e saída de reuniões com governantes, dar entrevistas a propósito de tudo e de nada ou financiar e promover biografias "autorizadas" enquanto não estiver reformado há pelo menos dez anos. De preferência, banqueiro deve mesmo ser alguém cujo nome é desconhecido para 99% dos cidadãos que confiadamente lhe entregam o seu dinheiro.
Pelo contrário, banqueiro é mesmo para usar fato de jaquetão às riscas, ser escasso nas suas aparições públicas, sóbrio e contido naquilo que diz (e sempre que possível ficar calado), gerir o nosso dinheiro com discrição, tratar de influenciar a vida política nos bastidores, dedicar-se à sua família numerosa nas horas vagas e ter actividade reconhecida, mas discreta, muito discreta, de benemerência ou patrocínio das artes e do património. E , já agora, os bancos locais que projectem uma imagem de algum decoro, e onde entremos com respeito e confiança, e não instituições pintadas de cores berrantes e que continuamente nos "assaltem", nas suas instalações ou pelo telefone, como o faria qualquer vendedor de "banha da cobra". Uma espécie de cura aristocrática, ao bom e velho estilo back to the basics, seria com certeza muito bem-vinda. Fica o conselho.
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