O Ocidente, ou seja, nós, que nos seus valores e modo de vida genericamente nele nos reconhecemos, desafiou a Rússia pensando que poderia fazer entrar a NATO e a UE de supetão pela sua "porta das traseiras". Levou, deste modo, o desafio demasiado longe, sem prever ou importar-se demasiado com as consequências desde que estas fossem limitadas a uns ucranianos desavindos numa zona que todos somos levados a considerar demasiado longínqua e talvez pouco civilizada. Agora, choque e espanto: concluímos, quando as consequências já nos atingem directamente e causam a morte a mais de duas centenas dos nossos, que brincámos de "aprendizes de feiticeiro". Ou então, pura a simplesmente, não concluímos coisa nenhuma e consideramos apenas estarmos na presença dos inevitáveis "danos colaterais". Mas não se iludam: ninguém, no Ocidente, está nem nunca esteve disposto a morrer pela Ucrânia.
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