Não me parecendo estas afirmações de Cavaco Silva acrescentem o que quer que seja à confiança que os portugueses possam depositar no BES, elas justificam-se apenas por uma razão: Cavaco Silva vem a terreiro em defesa dos seus e, por extensão, de si mesmo: Vítor Bento é seu Conselheiro de Estado e Carlos Costa foi uma espécie de cúmplice numa também espécie de conspiração contra o governo de José Sócrates. Ok, defender-se a si e aos amigos fica sempre bem, mas a política é outra coisa; e, não tendo qualquer eficácia para a confiança dos cidadãos no sistema bancário, não me parece esta intervenção do Presidente da República lhe traga também quaisquer benefícios: se tudo correr bem ninguém se lembrará dela, mas se alguma coisa, por pequena que seja, correr menos bem, ninguém deixará de lhe chamar à atenção pelo seu envolvimento - e, já agora, virá de novo à boca de cena o seu negócio com as acções do BPN.
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