quarta-feira, julho 09, 2014

3 notas 3 sobre a goleada de ontem

  1. O Brasil-Alemanha de ontem foi quase um "copy paste" do Portugal-Alemanha: ambas as equipas (Portugal e Brasil) pensaram que poderiam jogar contra este Bayern travestido de "Mannschaft" "de igual para igual", "olhos nos olhos", e duas ou três jogadas iniciais, criando relativo perigo, ainda mais os convenceram. Pagaram cara a ousadia ainda dentro do primeiro quarto de hora e, a partir daí, ficaram "perdidos na tradução", sem saberem se deviam recuar e juntar linhas, evitando a goleada, ou manter o plano inicial. Sem cabeça, o Brasil de ontem optou por tentar recuperar "à maluca" (é mesmo o termo), sofrendo as consequências. Podiam ter sido dez.
  2. A semelhança vai até ao ponto de ambas as equipas dependerem demasiado de um jogador: Cristiano Ronaldo, no caso português, e Neymar, no caso do Brasil. Acontece que o primeiro jogou inferiorizado e o segundo nem sequer jogou. Fatal. Se, no caso de Portugal, ainda se compreende tal dependência de Cristiano (havia demasiados "pernas de pau" na equipa), no caso do Brasil, com bons jogadores para dar e vender (excepção ao tal Fred que nem na selecção portuguesa teria lugar), tal dependência é incompreensível. Ou melhor, revela uma total ausência de ideias e de plano de jogo.
  3. Muito mais do que Thiago Silva, David Luiz é bem o "capitão" de Scolari e símbolo desta equipa do Brasil: pouca ou nenhuma cabeça, indisciplina táctica total e muito mais emoção do que razão. Como foi possível ver os jogadores alemães trocarem três e quatro passes em plena grande-área brasileira até fazerem golo? 

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