- O que mudou no Real Madrid do ano passado para este ano? Bom, Carlo Ancelotti mexeu no coração da equipa, no seu meio-campo, fazendo recuar Modric e Di Maria para Bale poder entrar na equipa. Com isto, não só abdicou do "duplo pivot" (Xavi Alonso/Khedira com José Mourinho), sem grande perda de segurança defensiva, como transformou Modric - um jogador que se realiza "com bola" - de um "10" infeliz e pouco influente naquele modelo de transições supersónicas (quase um corpo estranho) numa espécie de João Moutinho "em bom", um "8" que ataca e defende marcando assim o ritmo da equipa. Também Di Maria ganhou mais espaço com esse seu recuo e ontem, com o Atlético a fechar os espaços no último terço do campo, defendendo o 1-0, viu-se como foram os movimentos de Di Maria desde trás que acabaram por levar o Real Madrid à vitória. Uma grande "chapelada", pois, para inteligência táctica de Carlo Ancelotti.
- A outra grande chapelada vai para a UEFA e para o modelo de profissionalismo que transformou as finais da Champions League em espectáculos de extraordinário impacto mediático e mundial. Em função disso, sugiro que os jornalistas e comentadores portugueses comecem a pensar duas vezes antes de se decidirem pela maledicência habitual com que gostam de presentear as duas organizações (UEFA e FIFA) que presidem ao futebol europeu e mundial.
Eu sou o Gato Maltês, um toque de Espanha e algo de francês. Nascido em Portugal e adoptado inglês.
domingo, maio 25, 2014
Sobre a "final" de ontem
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