A reacção de António José Seguro no pós-eleições é a típica de alguém inseguro (e não estou a jogar com o trocadilho fácil do seu apelido), que tem consciência do seu falhanço e, perante um resultado que desmente os seus desejos ou quase-certezas, opta por não enfrentar os problemas, tenta auto-convencer-se, e a todos os que estão à sua volta, de que tudo está bem e resolve ensaiar uma "fuga para a frente" que normalmente é meio caminho andado para uma posterior e bem mais grave derrota. Pedir ao Presidente da República para convocar eleições antecipadas que substituiriam uma maioria absoluta em crescendo de coesão (mesmo que por via do quase desaparecimento de um dos partidos que a compõem e governando mal - não é isso que está aqui em causa) por não se sabe bem o quê e optar por votar favoravelmente uma moção de censura do PCP - atrelando-se ao carro de vencedor - depois de afirmar que a sua apresentação é "um frete ao governo" (cito de cor), só pode mesmo vir de alguém de cabeça perdida e à procura desesperadamente de algo a que se agarrar. Junto dos eleitores, arrisca-se a perder a réstea de credibilidade que ainda possa ter e quanto ao partido "queria ser mosca" para assistir por dentro à intriga que se vai seguir.
Para já, é ele, e não os comentadores, que, com estas atitudes, está a transformar a esmagadora derrota da direita numa quase-vitória do governo.
2 comentários:
TóTó Zé, no seu melhor.
TóTó Zé, no seu melhor.
Enviar um comentário