Num país onde não existem quaisquer condições para a prática de desportos de Inverno de alta (ou até de pequena) competição, onde tal tradição é inexistente, onde, tanto quanto sei, nem sequer existem campeonatos, que vão fazer dois atletas portugueses, "pescados à linha" na diáspora, aos Jogos Olímpicos de Inverno, onde nem sequer conseguirão minimamente destacar-se de uma multidão de participantes nas modalidades a que concorrem ("slalom" e "slalom gigante")? Acham que essa participação vai de algum modo contribuir para o desenvolvimento do desporto (em geral) e da modalidade (em particular)? Vai trazer prestígio para o país, seja lá o que isso for? Acham mesmo, utilizando uma linguagem tão cara ao actual poder, estamos perante uma "eficaz alocação de recursos"?
Sim, eu sei que a despesa será pouco mais do que irrelevante, mas isso dos custos é só para nos atirarem à cara quando se trata de funcionários públicos, reformados, pensionistas, saúde dos cidadãos e... quadros de Joan Miró?
Nota: Está bem de ver que isto nada tem contra os simpáticos esquiadores portugueses, muito menos pelo facto de serem luso-descendentes, que se limitam a aproveitar a oportunidade e aos quais desejo a melhor sorte.
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