Ora vamos lá a hierarquizar os assuntos... Em 2009 o Presidente da República - facto politicamente de gravidade extrema - conspirou abertamente contra o governo legítimo da República (caso da "escutas") e, tal como o seu mandante de ocasião, continuou e continua em funções. Estavam assim definidos os padrões éticos e a hierarquia de valores do que se poderia seguir. Convenhamos que comparado com isto, embora mais fácil de entender pela opinião pública e mais susceptível de exploração pela chamada "chicana política", a dívida de Pedro Passos Coelho à Segurança Social, não menorizando a sua importância, que a tem como elemento definidor do seu carácter, é coisa bem menos grave, o que não o desculpa nem atenua as suas responsabilidades. Mas parece que neste país Cavaco Silva goza de um certo estatuto e inimputabilidade e o "caso" mais grave é sempre o do momento. Ou o que virá a seguir.
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