O que me espanta nesta notícia até já nem será tanto a manifesta incompatibilidade entre um juiz que participou num governo dirigido por José Sócrates, tivesse sido dele demitido ou não (apenas mudariam as razões da suspeição) e a apreciação de um caso judicial que envolve o ex-primeiro-ministro. O que de facto me espanta e está na raiz do problema é a facilidade com que juízes saltam "alegremente" de altos cargos na polícia para os tribunais, destes para cargos públicos, de nomeação governamental ou de outra, e assim sucessivamente. Sejamos claros: para evitar qualquer tipo de suspeição (e são demasiadas) e/ou de incompatibilidades, juiz deve limitar-se à sua carreira de juiz, devendo ser legalmente impedido de exercer qualquer outra actividade pública ou privada. E ponto final.
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