Talvez alguém no "Expresso" devesse explicar à ignorante autora deste artigo que a fundação da Igreja Anglicana não se deveu a nenhum "capricho" de Henrique VIII, nem a um qualquer seu devaneio "amoroso" (desde quando os Reis do século XV/XVI casavam por amor?), mas constituiu, isso sim, uma arma política importante na luta de Inglaterra e do seu Rei contra as potências continentais dominantes, católicas e aliadas do Papado, França e Espanha. É por esse motivo que Clemente VII, e embora a Igreja Romana nunca tenha mostrado demasiados pruridos em anular matrimónios quando tal lhe convém, nunca autorizou o divórcio de Catarina de Aragão. Também é sintomático que Maria ("Bloody Mary"), única filha de Catarina e Henrique e que antecedeu Isabel I no trono, tenha tentado restaurar, à custa de perseguições religiosas que lhe valeram o "cognome, a obediência a Roma durante o seu curto reinado (5 anos). É pois a política, e não o amor!
2 comentários:
Há erros históricos em toda a parte, mas parece-me que o Expresso consegue ser pródigo neles. Já perdi a conta as vezes que escrevi para a direcção. Pelos vistos sem qualquer efeito.
Faculdades de jornalismo que têm professores do calibre das Campos Ferreira, é natural que ministrem uma formação estilo Borda d'Água.
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