Será desnecessário repetir - já o tenho dito - que nenhum clube consegue ganhar títulos e dominar competições, mesmo que internas mas de forma sustentada, fundamentalmente com recurso a jogadores oriundos da formação. Mas tendo dito isto, devo dizer que me parece perfeitamente razoável, depois dos muitos milhões investidos no Seixal em infraestruturas e recursos humanos, aspirar, num futuro próximo, a ter num plantel de 25/26 jogadores quatro a cinco oriundos da formação. O problema é que até agora, com a possível excepção de André Gomes, não me parece ter sido possível ao centro de estágio do meu clube produzir um único jogador capaz de o fazer, seja ele português ou oriundo de Taipé ou do Burkina Faso. Pior ainda: olhando de vez em quando para alguns jogos da equipa B, também não vislumbro por lá alguém capaz de o fazer. Isto, claro está, se as exigências não forem muito diferentes das dos últimos anos e espero elas sejam ainda um pouco maiores.
Quanto a Jorge Jesus ser o treinador indicado para este projecto, não vou entrar nessa discussão: já aqui o afirmei que, independentemente dos resultados que venham a ser conseguidos internamente durante esta época, Jesus já mostrou as qualidades e defeitos suficientes para, ao fim de seis épocas, se poder concluir da sua incapacidade para potenciar essas qualidades e limar suficientemente os defeitos, projectando a equipa para um outro patamar, o que obrigaria a uma natural evolução do modelo de jogo adoptado pela equipa objectivo que se tem revelado impossível com o actual treinador.
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