Apresentar uma moção de estratégia com 130 páginas é um convite a que ninguém a leia e um sintoma de que estaremos perante generalidades mais ou menos avulsas e não perante uma estratégia consequente. É que para apresentar uma estratégia não são necessários mais do que dois ou três parágrafos, curtos (e estou a ser generoso), seguidos de uma meia dúzia de medidas emblemáticas - ou "planos de acção" - que expliquem como a pôr em prática. Ou será que a intenção é mesmo ninguém leia a tal moção ou apresentar um documento que dê para (quase)tudo?
Vamos lá ver uma coisa: quando se fala em "mais do mesmo" não estamos apenas a falar em manter a mesma política; estamos, também, a falar em manter os mesmos vícios e os mesmos métodos, já que os processos não são estanques. E se falamos em "abrir os partidos à sociedade civil" (seja lá o que isso for - com "primárias", "partidos de eleitores", etc), de certeza não será como moções de 130 páginas, mas com ideias claras e sucintas, que se avançará o que quer que seja nesse sentido. Vale?
1 comentário:
É a "mission".
Uma moção de estratégia de 130 páginas ???
Nunca tal tinha ouvido falar.
Com tanta página não deve haver estratégia que escape.
Cumprimentos.
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