Podemos ter a opinião que quisermos sobre as subvenções vitalícias atribuídas a alguns antigos políticos (a lei foi revogada em 2005 e por isso só se aplica a quem abandonou a actividade antes desta data), sobre a inoportunidade de as restabelecer, mas não pudemos insurgir-nos contra o corte nas pensões já atribuídas e nos salários livremente negociados entre as partes, com quebra unilateral de um contrato, e, depois, acharmos muito bem que tal corte se aplique aos ex-políticos que adquiriram um direito ao abrigo da lei então vigente, como se existissem portugueses de primeira e de segunda. Pede-se alguma coerência, se fazem favor.
Pessoalmente, sou contra tais benefícios, em tempos atribuídos para compensar os baixos salários pagos a alguns cargos políticos e pensando com esta compensação se evitava a crítica popular a eventuais salários mais elevados, mas a partir do momento em que eles são atribuídos manda a honestidade e o respeito contratual cumprir com o acordado.
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