Podemos ter as maiores dúvidas sobre o modo como foi conduzido o processo que agora culminou na sub-concessão dos Estaleiros de Viana do Castelo, e eu, que por princípio não vejo razão para o Estado ser dono da empresa, até tenho algumas que gostava de ver esclarecidas em sede própria, isto é, na Assembleia da República. Sou mesmo de opinião que, caso se detectem quaisquer indícios que apontem para a possibilidade de terem existido comportamentos criminalizáveis, desta ou de anteriores administrações, deste ou de qualquer dos anteriores governos, deve o assunto ser entre à Procuradoria Geral da República, para investigação. Mas tendo dito isto, depois de ouvir a desastrada intervenção de hoje, no "Fórum TSF" (ouvir a partir dos 6'), do coordenador da União dos Sindicatos de Viana do Castelo, quase me apetece "comprar", de imediato e sem hesitar, a versão do governo. Ou outra qualquer, excepto a dos sindicatos.
Quando é que esses mesmos sindicatos entendem que para fazerem valer as suas ideias - admito que muitas vezes justas, principalmente nos tempos que vão correndo - num país hoje em dia já bem mais "letrado" e maioritariamente não muito inclinado a demasiadas simpatias pela actividade sindical, não bastam meia-dúzia de ideias e frases feitas e a utilização de um estilo mais ou menos "troglodita", e que isso pode mesmo ser contraproducente? Segundo o coordenador da União dos Sindicatos, existe muita demagogia à volta do assunto. Concordo, mas tenho pena quem o diz não resista à tentação de a alimentar.
Quando é que esses mesmos sindicatos entendem que para fazerem valer as suas ideias - admito que muitas vezes justas, principalmente nos tempos que vão correndo - num país hoje em dia já bem mais "letrado" e maioritariamente não muito inclinado a demasiadas simpatias pela actividade sindical, não bastam meia-dúzia de ideias e frases feitas e a utilização de um estilo mais ou menos "troglodita", e que isso pode mesmo ser contraproducente? Segundo o coordenador da União dos Sindicatos, existe muita demagogia à volta do assunto. Concordo, mas tenho pena quem o diz não resista à tentação de a alimentar.
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