Disse ontem ou anteontem no "Twitter" e no "Facebook" que não entendia o que ganharia José Sócrates com a sua recusa de prisão domiciliária com pulseira electrónica. Errei. Independentemente da sua culpabilidade ou inocência em matéria criminal, sobre a qual não emito opinião pública; independentemente das suas responsabilidades políticas, e aqui já disse acho inaceitável que um ex-primeiro ministro aceite dinheiro emprestado de um fornecedor do Estado, com esta sua recusa, José Sócrates, voluntária ou involutariamente, acaba por prestar um serviço ao país: num momento em que partidos da maioria e da oposição fogem de debater o modo como funciona a Justiça como o Diabo foge da cruz, pôs as pessoas e os "media", pelo menos por um par de dias, a discutir o estado e a actuação da Justiça num Estado que se pretende de Direito. E essa é uma discussão actual e inultrapassável.
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