Não sou por princípio favorável a democracias referendárias e plebiscitárias, excepto em casos muito especiais e de natureza simples e concreta, por exemplo, de nível local ou regional. Teria por esse motivo preferido o governo grego recorresse a eleições antecipadas em vez de a um referendo, sempre com ressonâncias populistas, com pouco tempo para ser preparado e cuja pergunta aos cidadãos me parece difícil de ser sintetizada e concretizada. Mas de uma coisa não me restam dúvidas e já em devido tempo o tinha afirmado: na impossibilidade de aplicar minimamente o programa com o qual foi eleito, uma consulta popular, sob a forma referendária ou de eleições legislativas, parece-me essencial e inultrapassável. Tudo o resto são raciocínios enviesados, secundários, mesmo que muitas vezes importantes, mas que ignoram ou pretendem passar por cima desta questão fundamental.
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