Dei por mim há pouco a pensar (deve ser do calor) sobre qual será a actual percentagem de indecisos entre os militantes e "simpatizantes" inscritos do PS em relação à disputa entre António Costa e António José Seguro. Claro que não tenho dados, mas sim um pressentimento (sim, eu sei que isto de pressentimentos vale o que vale) que essa percentagem será muito baixa, principalmente entre os "simpatizantes", pois quem se inscreveu ou irá inscrever nessa condição terá já e à partida uma opção tomada independentemente desta ter na sua base motivações ideológicas ou de qualquer outro tipo.
Assim sendo, os debates e entrevistas agendados terão mais como objectivo o "pós eleições" internas e o posicionamento do candidato do vencedor às legislativas do próximo ano do que o esclarecimento e conquista dos potenciais votantes socialistas. Aliás, e já prevendo o que se irá passar nos painéis de discussão televisivos que se lhes seguirão, também me parece jornalistas e comentadores ocuparão sem grandes preocupações de independência e distanciamento o lugar de defensores de um e outro lado, até porque sabemos que da vitória de Seguro ou de António Costa irá em grande parte depender o resultado das próximas eleições legislativas, o futuro do PSD e, talvez, também o que virá a ser o país a médio-prazo.
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