Um "NÃO" transformado em "SIM" e os problemas agora enfrentados por Tsipras no seu próprio partido são prova provada daquilo que em tempos aqui afirmei: não conseguindo negociar um acordo com as instituições da UE que lhe permitisse implementar, no essencial, o programa com que foi eleito, o governo grego, em vez de convocar um referendo com uma pergunta "abstrusa" e cujo resultado se viu obrigado a não cumprir, deveria, em devido tempo, ter apresentado a sua demissão e convocado eleições, dando a palavra aos cidadãos. A vontade do povo, com o actual ou um novo governo, poderia assim sair reforçada. Valeria de muito? Provavelmente não, já que a democracia pode ser que continue dentro de alguns anos nos países do Eurogrupo. Mas, no mínimo, tal seria mais consentâneo com as regras da democracia representativa e o resultado eleitoral poderia colocar a UE em maiores dificuldades.
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