Ora vamos lá deixar-nos de tretas e "patrioteirismos" ao estilo "Rui Jorge geriu mal o jogo", "não fez as substituições correctas", "escolheu mal os marcadores de penalties" ou, pior, "perdemos mas fomos a melhor equipa". Nada disto é verdade, já que a partir dos 20/30' se percebeu que só um lance esporádico, um ressalto, um erro "de palmatória" do adversário podia dar a vitória à selecção portuguesa. Bernardo já não tinha "pique" para sair nos "dribles", William "andava aos papéis" no meio-campo, Sérgio Oliveira era como sempre "certinho" mas sem intensidade (e ele já de si não faz da intensidade de jogo uma das suas qualidades), deixou de haver discernimento nas combinações e a Suécia passou a estar sempre mais perto do golo. Por alguma razão Paulo Oliveira foi, em minha opinião, o melhor português no jogo de ontem, "safando", à sua conta, dois ou três golos quase feitos.
Os "penalties" falhados foram apenas a consequência de uma equipa que chegou à final em "surmenage" - talvez porque teve sempre de jogar mais perto dos seus limites nos confrontos anteriores - e, penso, depois de ter visto o jogo, ninguém acreditaria que a super desgastada e pouco eficaz selecção portuguesa fosse capaz de se superiorizar à Suécia num desempate em que a técnica de remate, a frescura física e a capacidade de concentração, estas duas últimas normalmente associadas, ditam leis.
Não existem melhores equipas em abstracto e, ontem, a Suécia foi melhor e soube (ou conseguiu) aparecer em pleno no jogo decisivo. Ponto.
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