Esta proposta de François Hollande significa que, no fundo, não existe uma diferença fundamental entre o que a França e a Alemanha propõem para os países menos ricos do euro, desde que a França possa partilhar o poder e não deixar a Alemanha à rédea solta. É o regresso, depois da unificação alemã e para os que têm a memória curta, da velha rivalidade franco-germânica (ou melhor, franco-prussiana) de domínio sobre o continente europeu. Talvez também ao isolacionismo britânico e ao reforço das suas ligações aos USA.
A Portugal e a outros países periféricos restaria a subserviência (ou a servidão) ou saírem da zona euro para salvaguardarem o que ainda possa restar de democracia. António Costa que se modere, pois, nos elogios a Hollande, já que se prova, caso tal ainda fosse necessário, que a grande divisão europeia é nacional, isto é, entre "ricos e menos ricos" e não entre o PPE e a social-democracia.
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