Perante a estratégia de forte investimento no curto-prazo dos seus dois principais concorrentes, própria de quem, nos dois últimos anos e entre ambos, se limitou a ganhar uma Taça de Portugal, o pior que o SLB pode fazer é "morder o isco", respondendo com as mesmas armas e desse modo aderindo a uma estratégia mais própria de um runner up do que de um campeão; isto é, de quem, nos dois últimos anos e a nível interno, apenas falhou a conquista de uma competição interna.
Significa isto que o SLB, perante as saídas de Maxi e Lima, a lesão prolongada de Salvio e a provável negociação de Gaitán, não precisa de se reforçar? Nada disso, mas apenas que o deve fazer cirurgicamente e com "conta peso e medida", não sacrificando a estratégia à táctica e não colocando em causa os objectivos financeiros e os fundamentos em que se alicerça a sua gestão de recursos humanos. Mais ainda, antes de "ir ao mercado" (expressão muito do agrado dos comentadores de serviço), tem obrigatoriamente Rui Vitória de definir "como quer que a equipa jogue", isto é, quais os seus modelo e sistema de jogo (ou sistemas, se optar por um preferencial e outro alternativo). Sem isso, o SLB arrisca-se a contratar quem não "caiba" no modo como o treinador quer que a sua equipa jogue. Ora, ao contrário do que acontecia durante o consulado de Jorge Jesus (e o que vou dizer não significa que considere Jesus melhor treinador do que Rui Vitória ou vice-versa), parece-me, pelo jogos que vi, que é isso que está ainda por definir, pelo menos de uma forma que posso considerar clara e convincente. Acho que, até pelas necessidades de reforço do plantel, é aessa definição clara de uma ideia de jogo que já começa a tardar
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