A luta dos taxistas pela proibição da Uber faz-me lembrar a destruição das máquinas pelos operários, durante a revolução industrial, sob a alegação de que estas lhes tirariam postos de trabalho: o mercado do transporte público individual de passageiros está a mudar, não volta para trás e qualquer acção proibicionista está condenada ao fracasso, pelo menos a prazo. Mas tendo dito isto, e existindo uma decisão judicial sobre o caso, é bom que o governo, apesar da Uber se ter transformado em bandeira de algum ultraliberalismo de pacotilha apoiante do governo e sempre adepto da total desregulação dos mercados, a faça cumprir, exercendo a autoridade do Estado, para imediatamente e de seguida encetar um processo negocial que permita a ambos os operadores actuarem num mercado concorrencial e devidamente regulamentado. Entretanto, entre ir contra uma espécie de vanguarda radical dos seus apoiantes, com enorme visibilidade e influência nas redes sociais, e entrar em conflito aberto com uns milhares de votos das empresas de táxis, o governo sacode a chuva e espera que passe. É que a menos de um mês das eleições este tipo de conflito é mesmo uma "chatice!"
2 comentários:
Nem mais.
Mas o taxista, no caso particular dos portugueses, uma especie reles sem qualquer preparaçao profissional para lidar com clientes. Claro que há excepções. Mas sao raras.
Quanto ao resto a evoluçao nao Volta para trás.
Sim, utilizo o táxi com alguma frequência, em Lisboa, e a qualidade de serviço é baixa. Nunca utilizei a UBER, mas por formação sou contra proibições e a favor de uma concorrência devidamente regulamentada. Cumprimentos.
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