Não sou especial entusiasta da independência escocesa, embora conheça bem o país e mais do que simpatize com a sua paisagem, história e cultura. Também com a possibilidade de cada nação escolher democraticamente o seu destino, o que sempre constitui uma evolução face ao método guerreiro tradicional. Mas tendo dito isto, isto é, tendo demarcado o meu território, estou demasiado farto de ver a questão da possível independência da Escócia ser reduzida a meras questões económicas (percentagem do PIB escocês no total do PIB britânico, reservas de petróleo, exportações, impacto no sistema financeiro, etc) e jurídicas (relacionadas com a inserção do eventual futuro país na União Europeia). Não desdenhando da sua relevância, será que questões tão importantes como as de índole política, histórica, línguística e cultural (de identidade nacional, no fundo), também de poder, não contam ou são, pura e simplesmente, de importância secundária? Talvez não fosse má ideia os senhores jornalistas revisitarem a História e verificarem quantas vezes elas foram decisivas na secessão e união de tantas nações e países. A iliteracia histórica desta gente chega a ser assustadora.
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