Estas afirmações e propostas de Pedro Passos Coelho sobre a redução dos custos do trabalho para as empresas constituem, por si sós, todo um programa político que a actual coligação, com o apoio do pensamento político e económico actualmente dominante na UE, deseja levar por diante caso vença as próximas eleições legislativas. Em face delas e do programa político que encerram, nos antípodas da ideologia e da herança social-democrata europeia, seria de esperar uma reacção crítica violenta (no bom sentido, claro), directa e bem vincada, por parte da direcção do PS, eventualmente tendo como porta-voz o próprio secretário-geral e com ampla difusão mediática. Estranhamente, e embora tenha estado atento aos "media", nada disso aconteceu e o PS perdeu assim mais uma excelente oportunidade de marcar a sua diferença em relação ao seu adversário político. É que não basta afirmar, em abstracto, que o seu projecto político é outro, baseado na qualificação e valorização do trabalho: é preciso estar atento às questões concretas, às oportunidades, e responder de imediato e em conformidade. Não sendo assim...
1 comentário:
Caro JC
há-de, um dia, emprestar-me os seus óculos. Pode ser que assim eu também consiga ver o que o António Costa - e todo o actual PS, já agora - parece ser aos seus olhos, por muito que a realidade se entretenha a desmenti-lo...
Cumprimentos
carlos
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