Vamos lá ser claros... Se o Partido Socialista tivesse um forte candidato, ganhador, à Presidência da República (António Guterres, por exemplo), por certo o apresentaria bem antes das legislativas, pois tal "ticket" criaria sinergias que fariam o partido apresentar-se mais fortalecido nas eleições para a Assembleia da República e potenciaria um resultado mais próximo da maioria absoluta. É exactamente pela sua falta, por temer que o seu candidato presidencial seja uma "menos valia" que prejudique os resultados do partido nas legislativas, que o PS prefere deixar a sua apresentação para o intervalo entre-eleições. Estamos, pois, perante um sinal de fraqueza, disfarçado ao estilo "rabo escondido com o resto do gato de fora" com o argumento, no seu propósito correcto, de serem as legislativas o objectivo principal. O ponto fraco desta argumentação é, no entanto - e como disse -, que um forte candidato presidencial teria por certo uma influência positiva, para não dizer determinante, nos resultados do partido nas legislativas. É esta a situação.
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