Jorge Jesus está há seis épocas no SLB, tempo suficiente para não existirem surpresas no modo como a equipa joga. E assim a partida de ontem não foi diferente, melhor ou pior, do que os jogos de Paços de Ferreira, Moreira de Cónegos, Arouca, Vila do Conde ou Braga: adversário com o bloco um pouco mais subido do que quando essas equipas jogam "fora", principalmente um meio-campo mais "ousado" e pressionando mais alto, deixando de jogar "colado" à defesa, e, desse modo, o SLB, com o habitual meio-campo de apenas duas unidade e com a agravante de não ter Salvio, sem capacidade para ter bola, fazê-la circular e controlar o jogo. Sejamos claros: até ao segundo golo, o SLB nunca teve o controle ou o domínio do jogo e deu sempre ideia de poder vir a sofrer o golo do empate. Só que, desta vez, e tal como em Arouca ou Moreira de Cónegos, as incidências do jogo foram-nos favoráveis: um "brinde" do CFB logo a abrir e, depois, não houve golos falhados escandalosamente como em Vila do Conde (Lima) ou "penalties" chutados contra a barra ou estupidamente cometidos como em Paços de Ferreira (Lima e Eliseu). Por último, no único lance duvidoso (e duvidoso significa isso mesmo, que deixa dúvidas e não certezas) dentro da nossa grande-área o árbitro decidiu, e bem - in dubio pro reo também vale no futebol - a nosso favor.
Sejamos claros, mais uma vez: não é o SLB que tem duas caras, uma quando joga na Luz e outra quando joga fora. Pelo contrário: são os adversários, principalmente os da primeira metade da tabela, que as têm e com isso condicionam a eficácia de um modelo de jogo do SLB que se sente à vontade contra uma delas e "peixe fora de água" perante outra. Entendidos?
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