Quando o adversário, principalmente quando joga em casa, se dispõe num bloco muito baixo, retirando espaço para as transições rápidas e votando o "um para um" ou os "overlapings" nas alas ao fracasso, o SLB vê-se obrigado a jogar num modelo contra-natura, tentando criar desequilíbrios através da circulação de bola ou do chamado "ataque posicional". Como se trata de um modelo que vai contra as suas rotinas e características da maioria dos seus intérpretes, mesmo com Pizzi, talvez o jogador do SLB que se sente mais confortável neste modelo, mas sem Gaitán para criar desequilíbrios em pequenos espaços, essa circulação processa-se com demasiada lentidão, sem espontaneidade. Se o SLB consegue marcar primeiro, a equipa fica com mais de meio caminho andado para a vitória, pois o adversário vê-se obrigado a avançar as suas linhas, criando espaços. Mas quando tal não acontece ou o adversário consegue marcar primeiro, aí as coisas complicam-se - e muito. Foi isso que aconteceu na derrota em Paços de Ferreira e ontem em Moreira de Cónegos, apesar da vitória. O regresso da Nico Gaitán será meio caminho andado para resolver este problema e fazer o meu coração voltar à normalidade.
Nota: mais uma vez lá tive que ouvir ontem os comentadores a falarem das dificuldades das equipas grandes para jogarem nos "campos pequenos". Informo que o relvado do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas (Moreirense FC) mede 104x68, a mesma largura do relvado do Estádio da Luz sendo apenas mais curto um metro. A ignorância, essa, é incomensurável.
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