Para além do equívoco de chamar de "centro-direita" à denominada coligação PáF, que, na realidade, e a linguagem e argumentação usados no debate de ontem e de hoje bem o mostram, é de direita radical, outro erro comum é os "media" referirem-se ao conjunto PSD/CDS como "coligação". De facto, estamos, isso sim, perante algo bem mais parecido com uma "frente", no sentido marxista-leninista do termo e em tudo semelhante, embora de sinal contrário, às formadas no pós-guerra em alguns países do extinto Pacto de Varsóvia, em que alguns partidos de origem não-comunista, por motivos de sobrevivência política (e não só política), se diluíam sob a liderança e hegemonia comunista. Neste caso, foi o CDS, após a "demissão irrevogável" de Paulo Portas e por questões de pura sobrevivência política, que acabou por perder qualquer autonomia para se diluir numa frente de direita liderada e hegemonizada pelo PSD. Algum rigor de linguagem e alguns conhecimentos de História seriam bem-vindos a muitos jornalistas e comentadores da "nossa praça".
1 comentário:
Sobre os jornalistas...é um triste facto que a grande maioria dos ditos cujos não sabe escrever, tem um nivel cultural muito baixo (a cultura não é atribuida por diploma de licenciatura) e como tal não se lhes pode exigir que conheçam a história.
Quanto ao PAF...fez PUF e sumiu-se. A ideologia é de direita radical. Estamos de acordo. Com algumas tendências fascizoides.
Que fiquem enterrados durante muito tempo.
Quanto ao resto veremos o que o futuro nos reserva...mas mais desgraça e destruição que a que foi provocado pelos FdPs do PPC e PP não será previsivel.
Cumprimentos
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