Simpatize-se ou não com o homem (eu simpatizo), goste-se ou não do político e da solução de governo encontrada (gosto só "assim, assim" e o programa de governo envolve riscos sérios), tenham-se ou não todas as legítimas dúvidas sobre a solidez do acordo alcançado (tenho as de muita gente e só um louco não as tem) e tudo o mais o que se quiser chamar à discussão, um António Costa derrotado a 4 de Outubro e para muitos destinado à demissão do cargo de secretário-geral do PS consegue quebrar um tabu de 40 anos com um acordo à esquerda, submete Cavaco Silva a um enorme vexame (Cavaco pôs-se a jeito) e acaba primeiro-ministro indigitado. Para quem ainda tinha dúvidas, convenhamos que estamos perante um político que deve ser levado a sério e alguém que merece uma enorme chapelada. Está dada.
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