Uma coisa que é necessário dizer, talvez contra a corrente ou nem tanto assim: no meio deste enorme escândalo de corrupção, que é assim uma coisa a modos que tipo segredo de polichinelo, rabo escondido com o resto do gato todo de fora, a FIFA fez nos últimos anos muito pelo futebol. Pela sua difusão e popularização a nível mundial, pela crescente profissionalização no modo como é gerido, na enorme melhoria das infraestruturas um pouco por todo o mundo, principalmente fora da Europa. Muito, claro, graças ao financiamento proporcionado pelos patrocinadores que a transformação da futebol em espectáculo mediático trouxe para a indústria, mas tê-lo conseguido foi também coisa a que os méritos da FIFA não terão sido alheios. Incluídos no pacote, como demasiadas vezes é habitual, vieram também a corrupção, o nepotismo, a prepotência e a impunidade de que se achavam possuídos os seus dirigentes. Desenvolvimento e corrupção foram pois, como tantas vezes acontece, duas faces de uma mesma moeda. Mas também convém dizer, agora, na hora em que é fácil "entrar às pernas e de carrinho", que "bater na FIFA", tantas vezes (como agora se vê) com razão mas muitas também sem ela, se tornou numa espécie de desporto por parte de uma comunicação social maioritariamente ignorante e mal preparada, sempre pronta para mais umas vergastadas nos "ricos e poderosos". Algum equilíbrio de julgamento é sempre bom conselheiro em horas como esta.
Nota Final: claro que não resta a Blatter outro caminho que não o da demissão.
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